História
O cultivo e consumo de alface é já milenar. Há registos do seu uso e propriedades de há mais de 4500 anos. Foram encontrados sinais do seu consumo nos túmulos do antigo Egipto; No séc. VI a.c. os Persas já a cultivavam; Os antigos Gregos e Romanos espalharam-na por toda a região do mediterrâneo; e as suas propriedades são referidas ao atribuírem-lhe a cura de uma doença hepática ao imperador Augusto, foi receitada por Hipócrates para limpar o sangue, e outros ,sucessivamente, a foram receitando atribuindo-lhe poderes medicinais, incluindo benefícios na conciliação do sono.
Entre as verduras que se consomem cruas, em saladas é, desde há séculos, a mais utilizada!
Alface
Lactuca sativa
Há hoje muitas espécies de alfaces, mas todas derivam da espécie silvestre, a lactuca serriola, que cresce pelos campos como erva daninha. Agricultores e produtores foram ao longo dos anos modificando e seleccionando, melhorando-a em tamanho, textura e sabor... até conseguirem as alfaces que hoje conhecemos.
Cultivo
O seu cultivo é de uma maneira geral fácil, adaptando-se bem a praticamente todos os tipos de solo. Cultiva-se durante todo o ano, havendo algumas espécies mais resistentes ao frio e geadas do Inverno e outras que melhor suportam a sol quente de Verão. Nesta época o importante é ter a terra sempre húmida, sem estar encharcada... A falta de água torna-as mais duras e amargas e "espigam" mais depressa.
- Normalmente, faz-se a sementeira em viveiro
- Depois transplantar para o terreno, separadas uns 25 a 30 cms umas das outras.
- Libertar a terra envolvente de ervas daninhas e protegê-las dos caracóis e lesmas, que encontram nas alfaces um delicioso manjar.
- Regar e vê-las crescer!
É muito bom ter um canteirinho de alfaces no jardim traseiro de casa, onde as podemos colher fresquinhas, sempre que precisamos.
Variedades
Há várias espécies de alfaces, e segundo pesquisa que fiz, não pude determinar ao certo quantas nem o verdadeiro nome delas, pois encontrei dados muito variados. Não vou referir nomes científicos, vou apenas separá-las segundo as características facilmente observáveis: umas são de folhas mais tenras e macias, onduladas, ou até mais frisadas e um pouco mais duras, e por isso mesmo mais resistentes tanto no campo como também na sua conservação. Variam também segundo a sua forma: de folhas mais alongadas ou arredondadas, fechadas como um repolho ou mais abertas... Também as há de diferentes cores, com várias tonalidades de verde, e de vermelhos...
Propriedades e Recomendações
A alface é constituída essencialmente por água. Contém muito poucas calorias (17 em 100 gr) e além disso é rica em vitaminas e minerais.
- Por tudo isso é o alimento de excelência nas dietas de emagrecimento
- Recomendado na dieta durante a gravidez e aleitamento
- Diabéticos, pois diminui o nível de glicose no sangue
- É diurética ajudando a combater a retenção de líquidos
- Diminui a tensão arterial, através da sua acção diurética
- Contém fibra que ajuda o funcionamento do intestino, aliviando a obstipação
- Ajuda a combater as insónias, pois é antiespasmódica, sedativa, e alivia a dor
- Pode usar-se como tratamento de beleza, pois é descongestionante e refrescante quando usada como máscara (as folhas frescas esmagadas) sobre a pele irritada
Modo de uso
A maneira mais frequente de consumir a alface é crua, em saladas, o que lhe dá imensas vantagens em relação a outras verduras, uma vez que não perde vitamínas nem minerais, que acontece durante o processo de cozedura. Simples ou acompanhada de outros vegetais como tomate, pepino, pimento, rabanete... há imensas formas de misturar ingredientes e fazer uma salada, tendo como base sempre a famosa alface! Também o tempero é ao gosto de cada um, mas o mais frequente é o molho de vinagreta. Se substituirmos o vinagre por limão aumentamos consideravelmente o teor vitamínico à salada
No entanto também se pode comer cozinhada de varias maneiras, como por exemplo em sopas.
Como calmante é usado em forma de infusão, deixando repousar várias folhas cortadas num litro de água a ferver;coar e adoçar com mel. E como disse antes pode ser aplicada directamente sobre a pele irritada, depois de bem esmagadas algumas folhas de alface.
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Ola!!!
ResponderEliminarGosto da ideia deste novo blog. É giro saber o quao importante são para nós alguns alimentos e que por vezes nem sequer os compreendemos tao bem.
Adoro a alface, a parte da sopa é que... nao porque nao seja boa, mas por teimosia. Passo a explicar, digo isto porque quando andava na escola primaria, um dia descobri que a sopa do dia se tratava de sopa de alface. Era apenas um creme, nem sequer se sentia do que seria feito, mas, para mim aquilo não passava de uma sopa estranha que nunca fizera parte do meu menu até entao. Conclusão, depois de toda a gente me ameaçar de que não comia mais nada sem comer a sopa e de algum tempo às voltas comigo, eu realmente não comi a sopa.
Hoje sei que a imaginação não tem limites, e o importante é a utilização destes alimentos do modo mais variado, no entanto, tendo sempre em atenção a preservação das suas propriedades e sem esquecer que... os olhos são os primeiros a comer.